Amigos de Feira de Santana lamentam morte do conterrâneo Carlos Pitta

  • 07/01/2025
(Foto: Reprodução)
Os cantores Asa Filho, Djalma Ferreira, Márcia Porto, e os comunicadores Edilson Veloso e Reginaldo Tracajá falam sobre a dor da perda do baiano que fez história na Música Popular Brasileira. Artistas e amigos lamentam morte do cantor Carlos Pitta A A morte do cantor e compositor Carlos Pitta, aos 69 anos, nesta segunda-feira (7), causou forte comoção em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, onde ele nasceu. Morre aos 69 anos o cantor e compositor Carlos Pitta Carlos saiu do interior para a capital baiana a fim de estudar Composição e Regência na Universidade Federal da Bahia, em 1975. Apesar disso, ele manteve raízes com a terra natal e escreveu uma música dedicada à Princesa do Sertão, afirmando que "Todos os caminhos passam em Feira de Santana", em alusão ao título de maior entroncamento rodoviário das regiões Norte e Nordeste. Em Feira, Pitta mantinha grandes amigos, entre eles, cantores, que se inspiraram no artista para firmar a própria carreira. Em entrevista ao g1 Feira de Santana e região, Márcia Porto se emocionou ao falar da perda do amigo, e destacou o impacto do artista para a cultura brasileira. “Carlos Pitta foi um dos grandes responsáveis por colocar o nome de Feira de Santana no Brasil e no mundo. Ele deixou um legado fantástico que orgulha a todos nós, feirenses”, disse. Carlos Pitta morreu aos 69 anos Divulgação Márcia também recordou que os dois fizeram "parcerias de longa data" e que ele "sempre ofereceu apoio aos novos talentos", inclusive ela, no início da carreira, nos anos 90. "A primeira música que gravei profissionalmente foi dele, ‘Tambores Neon’. Fica a saudade, mas também o respeito pelo legado que ele nos deixou”. O feirense é reconhecido por Ivete Sangalo como responsável por "descobrir" o talento dela, quando ainda tinha 17 anos. Ao g1, a artista também comentou a perda. "Ele foi extremamente generoso comigo, além de me colocar para tocar em muitos bares da cidade de Salvador. Conheci grandes músicos através de Carlos Pitta", recordou. 'Foi um cara que me despertou', diz Ivete sobre Carlos Pitta Márcia Porto relembrou momentos com o cantor Carlos Pitta Divulgação/Márcia Porto Cantor, compositor e amigo de Carlos, Asa Filho relembrou momentos de amizade com o cantor, cultivada ainda na infância, pois os dois estudaram juntos no Colégio Municipal Joselito Amorim. O gosto em comum pela cultura regional, por ritmos como forró e xote, fortaleceu a amizade entre os dois com o passar do tempo. "Ele sempre foi meu amigo e sempre teve grande talento musical. Sempre foi uma pessoa de grande espiritualidade e fé", detalhou Asa Filho. 📱 Acesse o canal no WhatsApp no g1 Feira e região O cantor Djalma Ferreira também manifestou tristeza, destacando o impacto de Cometa Mambembe, que caiu no gosto popular em 1983 e desde então segue como hit das festas juninas e carnavalescas em todo o país, sobretudo no Nordeste. A canção foi composta pelo feirense juntamente com Edmundo Carôso. "Com 'Cometa Mambembe’, ele entrou para a história. A música se tornou um hino para toda a Bahia e o Brasil”, afirmou Djalma, lembrando, ainda as várias gravações de Pitta com nomes importantes para a Música Popular Brasileira, como Elba Ramalho, Amelinha e Margareth Menezes. Djalma Ferreira relembra momentos com o cantor Carlos Pitta Divulação/Djalma Ferreira “Cometa Mambembe é um galope que já foi gravado por mais de 50 artistas diferentes. Ela se destaca por ser tocada tanto em carnavais quanto em festas juninas”, analisou o radialista Edilson Veloso. "E tenha fé no azul que está no frevo, que o azul é a cor da alegria. Um cavalo mambembe sem relevo, um galope de Olinda pra Bahia”. 🎶 [Cometa Mambembe] Com emoção, o comunicador lamentou a perda do amigo, mas fez questão de destacar a trajetória de Pitta, que "entrou na vida dele" aos 14 anos, através da canção "Olho da Ilha". Anos mais tarde, recordou Veloso, outra letra escrita pelo feirense alcançou o topo das paradas musicais em todo o Brasil: Rebentão, gravada pela banda Cheiro de Amor, com Márcia Freire nos vocais, no auge do sucesso. Edilson Veloso ao lado do cantor Carlos Pitta Divulgação/Edilson Veloso Outro omunicador, o jornalista Reginaldo Pereira, conhecido como Tracajá, também sentiu a partida de Carlos, descrevendo o baiano como "uma pessoa finíssima". “Carlos Pita era um amante de Feira de Santana, um amante do Fluminense de Feira. Era, uma pessoa extremamente educada, uma figura de bom trato. Hoje é dia de luto na música baiana, na música carnavalesca, no forró, na MPB, enfim”, disse. Tracajá relembra momentos com o cantor Carlos Pitta Divulgação/Reginaldo Tracajá O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, emitiu nota de pesar e salientou que artista feirense construiu uma carreira sólida e admirada “A morte de Carlos Pitta representa uma grande perda para a música e para a nossa cidade. Ele foi um grande artista que deixou um legado imensurável. Seus álbuns, suas composições e suas apresentações ficarão para sempre na memória do nosso povo”, declarou o gestor. Morte de Carlos Pitta: veja a repercussão entre artistas e autoridades A despedida de Carlos Pitta será na quarta-feira (8), com uma cerimônia de cremação no cemitério Bosque da Paz, em Salvador, às 10h. Quem foi Carlos Pitta Morre o cantor e compositor Carlos Pitta aos 69 anos Nascido em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, Carlos Pitta tinha mais de quatro décadas de carreira. tem mais de quinze discos lançados e destaque em ritmos regionais, como forró e xote, além de ter canções gravadas com artistas como Raimundo Fagner e Alcione. Pitta dividiu palco com nomes como Caetano Veloso, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Belchior, Nando Cordel e Ivete Sangalo. Ao longo da trajetória, se apresentou em países como Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e na Suíça (no renomado Festival de Montreux). ⭐ Destaques na carreira Carlos Pitta estreou com seu primeiro disco em 1979. Intitulado “Águas do São Francisco - Lendas”, a produção é inspirada em cordéis. Em1982, lançou o disco “Coração de Índio” em parceira com o poeta José Carlos Capinan. Nesse disco foram gravadas músicas de Gilberto Gil, Edu Lobo, entre outros artistas. Em 1986, com a poetisa Myriam Fraga e o artista plástico Calazans Neto, Carlos Pitta lançou o disco “A Lenda do Pássaro que Roubou o Fogo”, com arranjos do maestro Lindenberg Cardoso e apresentação do escritor Jorge Amado. Em 1988 veio o primeiro sucesso nacional com a música "Cometa Mambembe" no disco “Feliz”. Nesse disco estão participações de Dominguinhos e Carlinhos Brown. Em 1996, lançou o cd “Dançando Forró”, com músicas autorais e clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. No cinema, Carlos Pitta produziu trilhas para os filmes Boi Arauá, longa metragem em desenho animado de Chico Liberato, e Ciganos do Nordeste, de Olney São Paulo. Em 2000, Pitta atuou com Belchior em um projeto que levou MPB para centros culturais do interior da Bahia. Fonte: blog do artista Carlos Pitta morreu aos 69 anos, em 7 de janeiro de 2025 Prefeitura de Feira de Santana Veja mais notícias de Feira de Santana e região. Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé

FONTE: https://g1.globo.com/ba/feira-de-santana-regiao/noticia/2025/01/07/amigos-de-feira-de-santana-lamentam-morte-do-conterraneo-carlos-pitta.ghtml


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